SÃO PAULO (Reuters) – A falta de chuvas tem atrasado o desenvolvimento das lavouras de trigo no Rio Grande do Sul em momento em que o plantio da safra 2021 entra em reta final, afirmou a FecoAgro/RS nesta terça-feira, destacando que expectativas de que precipitações fossem registradas ao longo da última semana não se confirmaram.

Segundo o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul, Paulo Pires, o plantio atrasou nas zonas mais quentes.

“Temos trigo que já foi passado na uréia, trigo com desenvolvimento bem adiantado e trigo que recém está germinando”, disse Pires em nota, acrescentando que, de forma geral, a falta de chuva está atrasando o desenvolvimento em regiões como Santa Rosa e Missões.

A entidade estima a área de plantio do cereal no Estado em 1,1 milhão de hectares. Se o tempo colaborar, disse a federação, a safra deve superar a marca de 3 milhões de toneladas, podendo atingir até 3,3 milhões de toneladas.

A estimativa fica próxima da publicada pela Emater-RS, órgão ligado ao governo gaúcho, que vê a safra de trigo do segundo maior produtor do Brasil em 2,89 milhões de toneladas. De acordo com a Emater-RS, o plantio do cereal no Estado atingia 94% até a última quinta-feira.

A FecoAgro/RS destacou ainda que, em relação ao mercado, tem visto sinais positivos para vendas de trigo tanto para moagem quanto para ração animal.

“Os preços estão muito bons e o produtor aproveita isso e puxa a questão da comercialização. Houve um aumento de área muito significativo no Rio Grande do Sul. Acreditamos que este crescimento esteja ao redor de 20%”, afirmou Pires.

(Por Gabriel Araujo)

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