O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) reivindicou nesta quarta-feira um ataque suicida na cidade de Raqa, norte da Síria e controlado por forças curdas, sem ocorrência de vítimas.

O ataque ocorreu em um momento em que essas forças estão sob ameaça de ofensiva da vizinha Turquia.

As autoridades curdas semiautônomas alertaram que uma operação desse tipo por Ancara abriria caminho para o ressurgimento de grupos jihadistas.

Os ataques reivindicados pelo EI são frequentes em Raqa, uma antiga capital jihadista recuperada em outubro de 2017 pelas Forças Democráticas da Síria (SDS), uma coalizão de milícias árabe-curdas apoiada por Washington.

Nas primeiras horas da quarta-feira, dois camicazes explodiram seus cinturões carregados de explosivos, depois de terem entrado em choque com forças locais que duraram mais de uma hora, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

Comentando este incidente, as SDS considerou no Twitter que a EI “está aproveitando a invasão turca iminente”.

Apoiada por uma coalizão internacional liderada por Washington, as SDS proclamaram em março o final do “califado” do Estado Islâmico com a reconquista da cidade de Baghuz, o último feudo dos jihadistas no leste da Síria.

Os jihadistas foram derrotados após um rápida ascensão em 2014, quando conquistaram vastos territórios na Síria e no Iraque, onde estabeleceram seu “califado”.