O governo de São Paulo criticou a nova decisão do Ministério da Saúde, que desistiu de aplicar a vacina contra a covid-19 em jovens entre 12 a 17 anos sem comorbidades. Tanto a cidade como o estado de São Paulo irão manter o cronograma de vacinação dos adolescentes.

“Infelizmente, as diretrizes do Prograna Nacional de Imunização do Ministério da Saúde chegaram com atraso e descompassadas com a realidade dos estados, que em sua maioria já estão com a vacinação em curso”, afirma a nota do governo estadual.

Adolescentes sem comorbidades não devem tomar 2ª dose, diz ministro da Saúde

O governo de João Doria (PSDB) já vacinou 2,4 milhões de adolescentes com a primeira dose da vacina contra a Covid-19 desde o dia 18 de agosto. O número representa 72% do público – atualmente estão sendo vacinados todos os jovens acima de 12 anos.

“Coibir a vacinação integral dos jovens de 12 a 17 anos é menosprezar o impacto da pandemia na vida deste público. Três a cada dez adolescentes que morreram com covid-19 não tinham comorbidades em São Paulo. Este grupo responde ainda por 6,5% dos casos e, assim como os adultos, está em fase de retomada do cotidiano, com retorno às aulas e atividades socioculturais”, diz a nota do governo estadual.

A prefeitura paulistana também emitiu nota sobre o assunto. Segundo a publicação, 84,4% dos jovens entre 12 a 17 anos já foram vacinados: 712,5 mil de 844 mil jovens já receberam a primeira aplicação.

“A secretaria reforça que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a vacinação dos adolescentes acima de 12 anos com o imunizante da Pfizer, com indicação e aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, diz a nota da prefeitura.

A prefeitura do Rio de Janeiro também avisou que manterá a vacinação de adolescentes acima de 14 anos, mas irá avaliar a situação dos jovens de 12 e 13 anos. Natal e Salvador suspenderam a aplicação dos imunizantes nos jovens sem comorbidades.