O estado de Nova York acusou nesta quarta-feira (18) a Amazon de discriminar suas funcionárias grávidas e aqueles com deficiência ao se negar a realizar as adaptações necessárias a suas condições de trabalho.

O processo apresentado pela Divisão de Direitos Humanos do Estado de Nova York acusa a Amazon de permitir que seus gerentes ignorem pedidos de flexibilização das condições de trabalho para empregados protegidos pela lei de direitos humanos.

“Meu governo responsabilizará qualquer empregador, seja grande ou pequeno, que não trate seus trabalhadores com a dignidade e o respeito que merecem”, disse a governadora de Nova York, Kathy Hochul, em um comunicado.

Segundo o texto, a Amazon tem 23 locais de trabalho em Nova York, com mais de 39 mil funcionários no total.

Em um dos casos citados, uma funcionária pediu para que não exigissem que ela levantasse pacotes com peso maior que 11 quilos. O gerente se negou, o que resultou em uma lesão que obrigou a mulher a tirar uma “licença indefinida sem remuneração”.

Em outro caso, um gerente recusou a solicitação de um trabalhador que apresentou documentação médica que justificava sua necessidade de ter um horário de sono específico. Um consultor recomendou realizar a modificação, mas mudou de posição após o gerente se negar a fazê-lo.

“Desde a década de 1970, anos antes da lei (federal) para americanos com deficiências, o estado de Nova York proíbe a discriminação contra as funcionárias grávidas no local de trabalho”, afirmou Melissa Franco, comissária adjunta para o cumprimento da lei da Divisão de Direitos Humanos.

“A divisão trabalhará para garantir que todos no nosso estado gozem plenamente dos direitos e a dignidade exigidos pela lei”, acrescentou.

Essa agência do estado de Nova York está em busca de uma ordem administrativa que obrigue a Amazon a acabar com a conduta atual, capacitar gerentes sobre como lidar com pedidos de adaptação razoáveis e pagar multas civis.