Em 2017, o mercado segurador fez algo inédito desde a estabilização da economia: encolheu. No ano passado, o faturamento total, incluindo saúde, previdência, capitalização e os chamados riscos elementares, caiu 5,6% para R$ 380,7 bilhões, ante os R$ 403,4 bilhões de 2016. Em 2018, a perspectiva é de volta do crescimento, com o faturamento voltando a superar R$ 400 bilhões. No entanto, o mercado ainda tem de enfrentar vários desafios para isso. “A expansão dos seguros depende de três pilares: renda, distribuição e educação financeira”, diz Edson Luís Franco, CEO da Zurich para a América Latina. A renda está crescendo, a distribuição está sendo facilitada graças à tecnologia das insurtechs. Falta apenas ampliar a educação financeira dos segurados.

Há também algumas mudanças estruturais a caminho. Até 2014, o produto líder no mercado era o seguro para carros. Isso mudou nos anos seguintes. A retração da economia fez o mercado automotivo encolher, e os seguros perderam a liderança para as apólices de proteção à pessoa. Apólices que até há pouco tempo eram menos representativas, como os seguros rurais e cibernéticos (que protegem contra ataques virtuais) ganharam importância. E, finalmente, após perder mais de três milhões de participantes, as operadoras de seguro-saúde tentam romper a dinâmica de custos crescentes, que acabam expulsando clientes para fora do mercado. “O setor apresenta perspectivas muito boas”, diz José Manuel Fonseca, CEO da corretora MDS para a América Latina. “Estamos à beira de um ciclo longo de crescimento.” Como será, você confere nos links a seguir.

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• Defesa contra os crimes digitais
• Faça chuva ou sol
• De volta à pista
• Melhora dos sinais vitais