O governo da Espanha expressou sua preocupação na quarta-feira (23) sobre a recuperação na incidência de covid-19 no país, e pediu à população que “se desloque o menos possível” durante as férias de Natal.

“As coisas não estão evoluindo bem”, e isso “nos preocupa muito”,esta recuperação ocorre “no início das férias de Natal”, quando “a mobilidade aumentou e os contatos aumentaram”, disse o ministro da Saúde, Salvador Illa, em entrevista coletiva.

A Espanha somou mais de 12.300 novos casos confirmados e 178 óbitos nas últimas 24 horas, segundo o Ministério da Saúde, embora a ocupação de leitos de terapia intensiva por pacientes com coronavírus permaneça estável, em 20%.

O ministro pediu então à população “que se desloque o mínimo necessário, o essencial”, agora que os espanhóis podem viajar de uma região para outra para se encontrarem com os seus familiares nestas festas, que terão três momentos fortes: Véspera de Natal, Ano Novo e Dia dos Três Reis em 6 de janeiro.

Illa também deu detalhes sobre a campanha de vacinação, que vai começar na Espanha, assim como no resto da UE, no domingo, 27 de dezembro, com a versão da Pfizer/BioNTech.

Segundo explicou, as primeiras doses chegarão no sábado, 26, a Guadalajara, cerca de 50km a leste de Madrid, e a partir daí serão distribuídas por todo o território espanhol, para que cada região possa começar a vacinar na manhã de domingo.

Illa destacou que a Espanha receberá mais de 4,5 milhões de doses da vacina Pfizer/BioNTech em 12 semanas, o suficiente para imunizar 2,3 milhões de pessoas, um número que coincide aproximadamente com os grupos prioritários: lares de idosos e profissionais de saúde.

Além desta vacina, a primeira autorizada pela Agência Europeia de Medicamentos, a UE espera administrar mais seis nos próximos meses. A segunda que deve ser aprovada é a da Moderna, no dia 6 de janeiro.

A Espanha é um dos países com um dos maiores saldos da Europa, com cerca de 49,7 mil mortes e mais de 1,8 milhão de casos diagnosticados, segundo o Ministério da Saúde.