A despeito dos esforços de alguns times de marketing das empresas em encher o mercado com comunicados sobre o quão socioambientalmente responsáveis suas empregadoras são, um estudo da PWC mostra que a agenda ainda não é prioridade para o C-Level. De acordo com a 25a Pesquisa Anual Com os CEOs: Um Novo Olhar para o Futuro, os CEOs do Brasil e do mundo estão mais preocupados com o potencial efeito de um ataque cibernético ou com o choque macroeconômico sobre os resultados de suas empresas do que com desafios como as mudanças climáticas e a desigualdade social. Outros achados apontam que 73% dos líderes no Brasil não assumiram compromissos com a eliminação dos gases de efeito estufa (GEE) e 40% afirmam que os compromissos de neutralidade do carbono das empresas que comandam não se baseiam em metas científicas. Em outras palavras, é uma prática de greenwashing em que a responsabilidade ambiental é mais uma ferramenta mercadológica do que estratégia de negócio. O descompasso pode ser explicado: ainda são poucas as metas ESG atreladas ao bônus executivo.