A lista de atributos e benefícios que uma companhia precisa oferecer para atrair os bons candidatos que deseja ter em seu quadro de funcionários ganha ares mais complexos. De acordo com o Índice de Confiança Robert Half, obtido com exclusividade pela DINHEIRO, 83% dos profissionais consultados (RH, executivos empregados e desempregados) apontam que um fator importante para aceitar uma oferta de trabalho é a empresa possuir boas iniciativas ESG (ambiental, social e de governança). “É perceptível que a adoção das práticas ESG como fator de competitividade na atração e retenção de talentos vem se fortalecendo ao longo dos anos”, disse Fernando Mantovani, diretor Geral da Robert Half América do Sul.

Os recrutadores ouvidos reforçam que os profissionais das gerações Z (43%) e Y (38%) são os que mais levam em consideração as práticas no momento de avaliar uma proposta de emprego.

Um grupo pouco disposto a aceitar o greenwashing – ações aparentemente socio ambientalmente responsáveis criadas para dar uma falsa aparência de sustentabilidade por meio de técnicas de marketing e relações públicas.

“É fundamental que as lideranças reflitam se possuem práticas fortes e reais, que ultrapassem o nível do discurso e sejam percebidas no dia a dia da organização”, afirmou Mantovani. A grande parte das empresas consultadas (77%) já trabalha a agenda estrategicamente. Para as 23% restantes, a falta de alinhamento se dá por três motivos principais: falta interesse sobre tema (34%), falta conhecimento (28%) e falta de pessoas para liderar a agenda (17%). Seja qual for a razão, está na hora de agir. Quem afirma é o investidor, o consumidor e também os futuros CEOS.

(Nota publicada na edição 1226 da Revista Dinheiro)