Depois do anúncio do governo do Estado, muitas escolas particulares da capital paulista já decidiram que vão abrir segunda-feira. Mas algumas darão preferência inicialmente aos alunos da educação infantil.

A rede estadual só volta na quarta-feira, segundo o secretário de Educação, Rossieli Soares, para que os estabelecimentos possam se organizar na segunda e terça-feira. Em coletiva, ele disse que as escolas devem dar preferência para receber presencialmente as crianças menores, da educação infantil e primeiros anos do fundamental pela dificuldade com o ensino remoto. E enfatizou o atendimento a crianças e adolescentes com deficiências e saúde mental prejudicada.

O Estadão consultou escolas da capital e entre as que responderam que vão abrir na semana que vem estão: Colégio Móbile, Pentágono, Dante Alighieri, Magister, Magno, Elvira Brandão, Projeto Vida, Oswald de Andrade, Lourenço Castanho, Maple Bear, See Saw, Luminova, Piaget, Guilherme Dumont Villares. Algumas decidiram recomeçar as aulas presenciais só com educação infantil e gradativamente incluirão outras séries.

Outras, como o Magno, já haviam começado a inscrever os alunos cujos pais tinham interesse no ensino presencial na semana que vem. A maior adesão, segundo a diretora Claudia Tricate, era de crianças também da educação infantil.

Prefeitura

Na capital, um decreto da Prefeitura permitia o funcionamento da rede pública e particular a partir do dia 12 justamente se houvesse a mudança para a fase vermelha. A secretaria da Educação também enviou aos pais uma pesquisa sobre a intenção de levar os filhos na segunda-feira, que ainda não foi finalizada.

Entre as instituições que fazem parte da Associação Brasileira de Escolas Particulares (Abepar) algumas reabrem na segunda-feira e outras na terça. A única que anunciou previamente que continuaria no ensino remoto foi o Colégio Santa Cruz. Em carta, o diretor Fabio Aidar disse se preocupar com “o impacto da abertura do câmpus trará para a nossa comunidade e para a cidade”.

Nesta sexta-feira, o Gracinha também decidiu não abrir. “Nossa opção não é o caminho mais confortável, mas está de acordo com o compromisso que temos com a preservação da vida acima de qualquer interesse e do bem comum”, informou a direção. O Colégio Equipe informou que vai continuar com ensino remoto e mandará um questionário sobre atendimento presencial futuro. “Partimos da avaliação de que as condições sanitárias que nos levaram à suspensão das atividades na escola não se alteraram de forma significativa.”

Para o presidente da Abepar, Arthur Fonseca Filho, “assegurar o atendimento dos alunos e famílias que precisam é obrigação das escolas públicas e privada aqui e no mundo”. “Cuidar para que os protocolos sejam seguidos é nosso compromisso”, destacou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.