Integrantes do Ministério de Minas e Energia (MME) evitaram falar com a imprensa antes de uma reunião que ocorre na manhã desta segunda-feira, 15, no Rio. Ao chegar na Eletrobras para uma reunião com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, o secretário de Petróleo e Gás da pasta, Márcio Félix, se recusou falar, limitando-se a citar a nota do MME divulgada na última sexta-feira, que não assume a intervenção confirmada pelo próprio presidente da República, Jair Bolsonaro, na política de preços da Petrobras na última quinta-feira.

Após um telefonema do presidente, a estatal voltou atrás e suspendeu no mesmo dia um aumento de 5,7% no preço do óleo diesel. Para tentar amenizar a notícia, que fez despencar o valor de mercado da Petrobras em R$ 32 bilhões, o Ministério de Minas e Energia publicou uma nota afirmando que havia sido uma decisão empresarial.

Participam ainda da reunião o economista Carlos Langoni, o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Décio Ododone, e o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Thiago Barral, que também não atenderam à reportagem. Apenas o nome de Langoni aparecia na agenda oficial do ministro.

Albuquerque chegou ao prédio da Eletrobras com 25 minutos de atraso para primeira reunião das 9 horas com Langoni – às 10h está prevista reunião com o consultor Adriano Pires.

O ministro disse que estava com pressa e que não falaria na saída porque iria pegar um avião para Brasília. Morador do Rio de Janeiro, Albuquerque costuma viajar todo final de semana para a cidade e aproveita para cumprir compromissos profissionais às sextas e segundas-feiras na cidade.

Nesta segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, se reúnem para debater a suspensão do ajuste. No fim de semana, Guedes afirmou que “uma conversa conserta tudo”.