Um estudo da Universidade da Califórnia, Davis, mostra que equilibrar a quantidade de proteína consumida pode reduzir as liberações de nitrogênio para os sistemas aquáticos nos Estados Unidos em 12% e as perdas gerais de nitrogênio no ar e na água em 4%. A pesquisa estima o quanto o consumo de proteína contribui para o excesso de nitrogênio no meio ambiente por meio de dejetos humanos.

O consumo de proteínas vegetal e animal, nos Estados Unidos, está entre os mais altos do mundo. Segundo o estudo, se os americanos comessem proteínas nas quantidades recomendadas, as taxas de excreção de nitrogênio projetadas em 2055 seriam 27% menores do que são hoje, mesmo com o crescimento populacional.

“Acontece que muitos de nós não precisam de tanta proteína quanto comemos, e isso tem repercussões para nossa saúde e ecossistemas aquáticos”, disse a autora do estudo Maya Almaraz. “Se pudéssemos reduzir isso a uma quantidade adequada à nossa saúde, poderíamos proteger melhor nossos recursos ambientais”, completa.

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Segundo a pesquisa, o corpo humano requer proteína, porém quando o corpo ingere mais proteína do que precisa, o excesso de aminoácidos a decompõe em nitrogênio, que é excretado principalmente pela urina e liberado pelo sistema de esgoto. Isso traz nitrogênio adicional para os cursos d’água, o que pode resultar em proliferação de algas tóxicas e água potável poluída.

“É interessante pensar em possíveis maneiras de reduzir essas perdas de nitrogênio além da tecnologia cara. As mudanças na dieta são uma maneira saudável e barata de fazer isso”, disse Almaraz.