Por Alexandra Valencia

QUITO (Reuters) – O presidente da Corte Nacional de Justiça do Equador afirmou nesta sexta-feira que assinou um pedido de extradição para o ex-presidente do país Rafael Correa, que vive na Bélgica, pedindo seu retorno ao Equador para cumprir uma pena de oito anos de prisão por suborno. 

Um tribunal do Equador condenou Correa a oito anos de prisão em 2020, acusando-o –ao lado de outras autoridades– de estar por trás de cobranças indevidas a contratados, em uma medida para financiar campanhas eleitorais de seu movimento político entre os anos de 2012 e 2016.

O presidente da corte, Ivan Saquicela, assinou uma medida solicitando a extradição de Correa fundamentado em um acordo de extradição em vigor entre Equador e Bélgica, além de outros pactos internacionais, afirmou Saquicela em uma entrevista por telefone.

“Essa é a primeira vez que a extradição foi solicitada e, e ela está de acordo com a lei”, afirmou Saquicela à Reuters, rejeitando afirmações de que pedidos pela extradição de Correa teriam sido feitos anteriormente.

O pedido de extradição irá agora para o ministério das Relações Exteriores do Equador, que precisa pedir formalmente à Bélgica a extradição de Correa. 

O ex-presidente, que liderou o Equador entre 2007 e 2017 e vive na Bélgica desde que deixou o poder, negou as acusações, descrevendo o caso contra ele como uma perseguição política liderada por seus adversários.

Correa afirma que o pedido de extradição é “um outro pedaço de papel” e chamou Saquicela de palhaço em uma série de mensagens no Twitter. 

(Reportagem de Alexandra Valencia em Quito)

tagreuters.com2022binary_LYNXNPEI3L0W7-BASEIMAGE