Depois da rápida propagação no estado do Rio de Janeiro, o vírus Influenza A (H3N2) já deixa em alerta São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Rondônia e Amazonas. A epidemia de gripe fora de seu período sazonal, que ocorre neste ano durante o verão, já fez 6 mortes: cinco no Rio de Janeiro e uma em Salvador.

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio divulgou haver mais de 20 mil casos de gripe na capital fluminense e intensificou a campanha de vacinação.

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Na Bahia, dos 174 casos registrados, 144 são em Salvador, sendo que 48 infectados tiveram síndrome respiratório aguda grave. O óbito registrado na cidade é de uma mulher de 80 anos que não havia tomado a vacina contra a gripe.

Em São Paulo, o surto de gripe gerou filas de até seis horas por atendimento na rede municipal na última quarta-feira (15), segundo o jornal Folha de São Paulo. Santos, no litoral paulista, registrou mais de 3 mil pacientes com sintomas de gripe nas últimas semanas.

Em Belo Horizonte, a Secretaria Municipal de Saúde diz que já realizou 373 mil atendimentos por doenças respiratórias, o que representa um aumento de 36% em relação a 2020.

O que acontece?

Em primeiro lugar, a pandemia causada pelo coronavírus tirou o foco da vacinação contra a gripe. Segundo o Ministério da Saúde, a taxa de vacinação contra a gripe é de cerca de 75% da população, taxa que chegou a mais de 90% em anos anteriores.

Além disso, com o avanço da vacinação contra a Covid-19, as pessoas estão retomando suas rotinas fora do contexto de isolamento social. Isso explica porque a epidemia de gripe ocorre fora do inverno.

Embora menos letal, os sintomas da gripe podem ser mais severos que os de Covid: incluem febres altas, dores musculares, coriza, náusea e fadiga logo nos primeiros dias de infecção. O tratamento é feito com remédios que combatem os sintomas, como antigripais e antitérmicos.