(Reuters) – Alex Saab, um empresário acusado de lavar dinheiro em nome do governo da Venezuela, será acusado em um tribunal federal do Estado norte-americano da Flórida nesta segunda-feira, um caso que lança os Estados Unidos contra o governo do presidente Nicolás Maduro.

Em 2019, procuradores dos EUA acusaram Saab de ligação com um esquema de suborno para tirar vantagem da taxa de câmbio venezuelana manipulada pelo governo. Os EUA também impuseram sanções contra ele por supostamente orquestrar uma rede que permitiu a ele e Maduro lucrarem com um programa de subsídio alimentar controlado pelo governo.

Saab deveria comparecer perante o juiz John J. O’Sullivan por videoconferência às 14h (horário de Brasília).

No sábado, a Venezuela disse que suspenderá as negociações com a oposição que deveriam ter sido retomadas no final de semana em reação à extradição de Saab.

O país também revogou a prisão domiciliar de seis ex-executivos da refinadora Citgo, subsidiária norte-americana da petroleira estatal PDVSA, disseram duas fontes e um familiar à Reuters.

Os ex-executivos da Citgo, que foram presos em novembro de 2017 depois de serem convocados a uma reunião na sede da PDVSA em Caracas, foram levados de suas casas a um dos quartéis-generais da polícia de inteligência, disseram duas fontes no sábado.

Cidadão colombiano, Saab foi preso em junho de 2020 quando seu avião parou em Cabo Verde para reabastecer.

(Por Brian Ellsworth e Alexandra Ulmer)

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