Um novo estudo sugere que, à medida que envelhecemos, certos aspectos do desempenho cognitivo parecem melhorar. A pesquisa, desenvolvida pelo Departamento de Neurociência da Universidade de Georgetown em Washington DC, EUA, descobriu que a capacidade do cérebro de absorver rapidamente novas informações e de se concentrar se torna mais nítida com a idade.

De acordo com matéria do The Times, do Reino Unido, os cientistas afirmaram que esses aspectos da cognição podem ajudar na tomada de decisões e no autocontrole, além de contribuir para a navegação, matemática, linguagem e leitura.

A pesquisa contou com 702 participantes, com idades entre 58 e 98 anos, que fizeram o Teste da Rede de Atenção. O desafio é sentar-se em frente a uma tela de computador na qual aparecerá uma seta. O participante deve indicar, o mais rápido possível, se a seta está apontando para a direita ou para a esquerda.

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O teste foi usado para estudar três aspectos básicos do desempenho do cérebro: “estado de alerta”, “orientação” e “rede executiva”. No teste de alerta, por envolver agilidade, quanto mais velhos eram os participantes, mais lentos eles se saiam. Isso indicou que esta dimensão da cognição se deteriora com a idade.

Já no teste de orientação, os participantes mais velhos usavam a indicação para determinar qual seria a direção da seta, mostrando que essa habilidade melhora com a idade. Para a rede executiva, a seta era cercada por outros símbolos, os participantes mais velhos também tiveram bom desempenho, sugerindo que seus cérebros são melhores em suprimir distrações.

Os pesquisadores acreditam que o estudo é o primeiro a mostrar que as funções cerebrais básicas podem melhorar à medida que envelhecemos. Eles suspeitam que as habilidades de orientação e rede executiva podem ser aprimoradas com o tempo.