Um grupo de entregadores de aplicativo está se movimentando para fundar uma cooperativa e se desligar das empresas do setor, como o iFood e o Rappi. Com os altos custos que uma idealização dessa demandam, o grupo conta com uma rede de economistas, advogados e programadores que se organiza para ajudá-los na tarefa.

Segundo a BBC, para desenvolver um aplicativo bem estruturado como os já estabelecidos no mercado seria necessário desembolsar algo em torno de R$ 500 mil.

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A ideia dos Entregadores Antifascistas – grupo que liderou as últimas manifestações pedindo melhores condições de trabalho e uma remuneração mais justas – é seguir o caminho de outros grupos no exterior. Na Europa, algumas cooperativas gerenciam seu próprio serviço de entrega, mas contam com uma rede de trabalhadores pequena e voltadas, em geral, para serviços de bicicleta.

Um deles, o CoopCycle, que reúne 28 cooperativas na Europa e duas no Canadá, serviu como base para o movimento brasileiro. O programa permite que essas cooperativas compartilhem serviços através de um software e aplicativo iguais, barateando os custos.

Agora, o desafio do grupo nacional é adaptar isso à realidade interna, já que a demanda por aqui é de motos, enquanto que na Europa é, principalmente, de bicicletas.