A Associação Nacional de Jornais (ANJ), a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e outras entidades divulgaram notas de repúdio ao que foi considerado um ato de intimidação ao jornalista Marc Sousa, da Ric TV, afiliada da Record TV. Em vídeo divulgado nas redes sociais, o presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, Milton Simas Júnior, aparece “aconselhando” o repórter a não se aproximar do acampamento de militantes pró-Lula, em Curitiba.

A ANJ se pronunciou em defesa da liberdade de expressão. “O dirigente sindical agiu como militante intolerante e não como representante dos jornalistas”, declarou o diretor executivo da ANJ, Ricardo Pedreira.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná emitiu nota reiterando que qualquer tipo de intimidação é inaceitável. A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) destacou que o jornalista estava em um espaço público e que deveria ter total liberdade para trabalhar.

A Associação Riograndense de Imprensa (ARI) e a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert) também se manifestaram contra a tentativa de intimidação.

A exceção foi o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, que alegou que seu presidente queria preservar a integridade de Sousa. “A conversa mostra, perfeitamente, a intenção do sindicalista de proteger o profissional.” Ontem à noite, Simas publicou um vídeo nas redes sociais no qual pede desculpas por qualquer tipo de excesso ou tom enérgico e indevido com a equipe de TV.

Vítima

Baleado em um ataque a tiros contra o acampamento Marisa Letícia, na madrugada de sábado, Jefferson Lima de Menezes, de 39 anos, teve alta ontem da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e foi transferido para a enfermaria do Hospital do Trabalhador, de acordo com informações da Secretaria da Saúde do Paraná. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.