Após seis semanas de julgamento, está marcado para começar nesta sexta-feira (27) os argumentos finais sobre o caso de Johnny Depp contra a sua ex-esposa Amber Heard.

O ator processa a atriz em US$50 milhões por difamação após Heard ter publicado um artigo no jornal The Washington Post, sem citar o nome de Depp, contando que foi vítima de violência doméstica. Ela também processa o ex-marido em uma ação em que pede US$100 milhões pelo mesmo crime. 

+Depp versus Heard: violência e difamação nas redes sociais

Heard acusa Depp de agressão e de humilhá-la publicamente 

As acusações públicas entre o ex-casal começaram logo após a separação dos dois, em 2016. Amber pediu o divórcio e entrou com uma medida protetiva contra Depp após aparecer em um tribunal em Los Angeles com a bochecha machucada. Ela acusou o ator de tê-la agredido jogando um celular em seu rosto.  

Segundo a Reuters, em suas últimas alegações, Heard disse que está sendo “assediada, humilhada, ameaçada” após denunciar o astro de Piratas do Caribe.  Ela ainda detalhou as ameaças que vem recebendo nas redes sociais, que envolvem até a filha que ela adotou em 2021.  

“As pessoas querem colocar meu bebê no micro-ondas”, disse. 

Segundo a atriz, o assédio contínuo é parte de uma cruzada de Depp para humilhá-la publicamente.

Depp acusa Amber de agressão com uma garrafa de vodka 

Em depoimento no último dia 19 de abril, o ator negou todas as acusações, apontando que nunca bateu em uma mulher na vida. 

“Senti que era minha responsabilidade defender não apenas a mim mesmo, mas também defender meus filhos”, disse. 

Ele também argumentou que foi agredido por Amber com uma garrafa de vodka, que teria feito um corte em seu dedo durante uma discussão. 

Como vai funcionar a reta final? 

Assim que receberem o caso, os sete jurados vão decidir sobre os dois processos juntos. 

Segundo a Reuters, a juíza responsável pelo tribunal do condado de Fairfax, na Virgínia, Penney Azcarate,  afirmou que se não houver uma decisão nesta sexta, o juri volta a se encontrar na próxima terça-feira (31).

Como se trata de um julgamento civil e não criminal, nenhum dos dois pode sair preso do tribunal. Os jurados ainda podem decidir o valor que o condenado terá que pagar para o outro.