Uma série de episódios violentos, com confrontos entre manifestantes e policiais, mancharam nesta sexta-feira (23) a campanha eleitoral na Itália, a poucos dias das eleições, em 4 de março.

A tensão reinava nesta sexta em Pisa durante a manifestação da xenófoba Liga Norte, que se candidata com a coalizão de direita liderada por Silvio Berlusconi.

Vários militantes antifascistas atacaram com garrafas e pedras os policiais que faziam a segurança da marcha liderada por Matteo Salvini, que costuma usar uma linguagem agressiva e de ódio contra os imigrantes.

No dia anterior, três policiais ficaram feridos e dois estudantes foram detidos durante as marchas de protesto em Turim contra a manifestação organizada pelos candidatos do movimento de extrema direita e fascista Casapound.

A associação italiana de combatentes durante a Resistência e várias formações antifascistas denunciaram um incêndio provocado nesta sexta em um centro de atividades de uma organização de extrema esquerda em Brescia.

Em Palermo, na Sicília, um líder local do Força Nova, outro movimento de extrema direita que participa das eleições, sofreu um ataque na noite de terça-feira por um grupo de homens mascarados.

Na mesma noite, os ativistas do Força Nova invadiram as instalações do canal de televisão La7, exigindo o direito de participar de uma transmissão política.

Na terça-feira, um ativista do movimento de extrema esquerda Poder ao Povo foi esfaqueado enquanto colava cartazes nos subúrbios de Perugia, segundo fontes judiciais.

No dia seguinte, teve início uma verdadeira batalha entre os ativistas do Poder ao Povo e os militantes do Casapound, deixando ao menos dois feridos.

Em Bolonha, os confrontos entre jovens antifascistas e membros da Força Nova acabaram há uma semana com quatro agentes e seis manifestantes feridos.

São temidos novos incidentes no sábado em Palermo durante a manifestação antifascista convocada para protestar contra a chegada do líder do Força Nova, Roberto Fiore.

Em Roma, uma grande marcha antifascista foi convocada para sábado por várias organizações após o tiroteio em Macerata contra seis imigrantes africanos.