Fundada em 2010, em São José do Rio Preto, no interior paulista, a Ecori Energia Solar tem como meta desmistificar a ideia de que energia solar é um sistema caro e feito para o benefício de poucos. Os sócios Leandro Martins, Tiago Martins e Marcelo von Gal estudaram o mercado nacional e internacional em busca de uma solução acessível e eficiente capaz de tornar a energia solar possível para um maior número de pessoas. Depois trouxeram ao Brasil uma tecnologia conhecida pela sigla MLPE, que em português significa “eletrônica de potência em nível de módulo”. Segundo Leandro Martins, o sistema trazido por eles apresenta algumas vantagens sobre os tradicionais, como possibilidade de monitorar individualmente as placas fotovoltaicas, flexibilidade de instalação, tempo maior de garantia, possibilidade de instalar mais placas posteriormente, o que não é possível na maioria dos atuais sistemas conectados em série. “Hoje esse é um mercado real, mas ainda com muito para conquistar. Com a economia aquecendo novamente e mudanças de comportamento e de consciência da população sobre recursos naturais, vamos expandir ainda mais nossas operações”, diz Leandro. Segundo dados divulgados no começo de fevereiro pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a instalação de sistemas de geração de energia solar no País triplicou no ano passado – de 35 mil instalações, em 2018, para 113 mil, em 2019. No entanto, a participação da energia solar na matriz energética brasileira ainda é pequena. Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) apontam que o sistema de geração centralizada, a partir de grandes usinas, junto ao de micro e minigeração distribuída, implantadas em residências ou empresas, representam apenas 3% da matriz energética.

(Nota publicada na edição 1161 da Revista Dinheiro)