O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano teve cerca de 5,5 milhões de inscritos, o menor número de candidatos confirmados desde 2011. O fim do uso da prova para certificação do ensino médio e as mudanças das regras do Ministério da Educação (MEC) para evitar abstenções ajudam a explicar a queda de participantes nas últimas edições.

Em relação ao ano passado, a queda foi de 18% na quantidade de inscritos confirmados. Desde a última edição, o Enem deixou de funcionar como prova para certificar o ensino médio, o que já tinha feito cair a procura pelo exame.

Começou a valer nesta edição a nova regra sobre ausentes. Os candidatos que têm direito à isenção e faltaram no ano passado só conseguem a gratuidade novamente se justificarem a ausência. Pela primeira vez, o pedido de isenção foi anterior à inscrição.

A medida foi tomada, segundo o ministério, por causa da elevada média de abstenção no exame – de 29% nos últimos cinco anos. O prejuízo com isso, diz a pasta, é de aproximadamente R$ 962 milhões.

“Não podemos ter pessoas se inscrevendo para não participar das provas, muitas vezes sem justificativa. Temos de combater o desperdício do dinheiro público”, afirmou o ministro da Educação, Rossieli Soares.

A taxa de inscrição é de R$ 82, mas a prova custa aproximadamente R$ 90 por estudantes. Do total de candidatos, 63,8% são isentos de cobrança. A prova será aplicada em todo o País nos dias 4 e 11 de novembro.