As empresas listadas em Wall Street terão que divulgar suas emissões de gases do efeito estufa e sua exposição às mudanças climáticas, segundo uma norma aprovada nesta segunda-feira pelo regulador do mercado de ações americano (SEC).

A medida, aberta a comentários do público, segue disposições semelhantes dos reguladores de Japão e Europa, e busca padronizar os relatórios sobre emissões.

“Os riscos climáticos representam riscos financeiros para as empresas”, afirmou o presidente da SEC, Gary Gensler. Ele argumentou que a medida poderia fornecer “informações confiáveis sobre os riscos climáticos, com o objetivo de tomar decisões de investimento”.

A nova normativa estaria vigente entre 2024 e 2026. As pequenas empresas poderiam ficar isentas da medida.

“Este é um momento decisivo”, comentou a comissária democrata Allison Herren, que apoia a mudança. Mas Hester Peirce, único membro republicano da SEC e único dos quatro comissários a votar contra a disposição, argumentou que as regras atuais levam suficientemente em conta o risco climático, e que a nova medida distorce a missão regulatória da agência.

“Isso obriga os investidores a verem as empresas pelos olhos de um conjunto de partes interessadas, para quem a reputação climática de uma empresa é tão ou mais importante do que o seu desempenho financeiro”, disse Pierce.

Muitos acionistas verdes e grandes investidores pressionam as empresas a agir contra as mudanças climáticas.