O surgimento de casos suspeitos do novo coronavírus no Estado de São Paulo já leva empresas a adotarem medidas extras de proteção aos usuários. Ônibus que circulavam nesta sexta-feira, 31, entre Suzano, Poá e Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, além do motorista e passageiros, levavam funcionários de manutenção munidos de baldes, panos e garrafas com álcool gel. Durante todo o percurso, os encostos dos bancos, suportes internos e apoios de mão usados pelos passageiros em pé eram esterilizados.

De acordo com a Radial Transporte, que opera linhas de passageiros nesses municípios, a medida foi tomada devido ao aumento no número de casos suspeitos de coronavírus e para reduzir o risco de eventual contaminação. “A iniciativa é essencial para a preservação da saúde e do bem estar dos passageiros”, informou a empresa. A Radial informou que a higiene diária dos mais de 500 ônibus antes de deixarem a garagem também foi reforçada, com o uso de produtos com ação mais eficaz contra vírus.

Em Sorocaba, a administração de um dos maiores prédios comerciais da cidade disponibilizou álcool em gel para os condôminos e usuários. Os elevadores passaram a ser higienizados quatro vezes ao dia. Uma rede de supermercados também colocou o higienizador na entrada das lojas. Motoristas de aplicativos estão oferecendo lenços descartáveis e álcool gel para os passageiros. “É uma medida de custo baixo, mas que dá mais segurança para nosso usuário”, disse o motorista André Luiz de Oliveira Ribeiro.

Aumenta procura por máscaras

Em Santos, no litoral paulista, lojas e distribuidoras de máscaras cirúrgicas relatam grande aumento nas vendas. O Porto de Santos é considerado uma possível porta de entrada para o coronavírus. A funcionária de uma loja de rede informou que, desde o início da semana, estão sendo vendidas até 200 unidades por dia, o que antes era vendido na semana toda. Em outra loja, os estoques da máscara N95, considerada mais eficaz, se esgotaram. A loja passou a aceitar encomendas. Os funcionários relatam que a maioria dos compradores atuais são pessoas comuns, e não médicos e profissionais de saúde, a clientela tradicional.