No início do mês de junho foram abertos os lances para as compras das dívidas, conhecidas no mercado como debêntures, da MMX Sudeste, empresa de Eike Batista. 

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais estipulou o lance mínimo em US$ 350 milhões (R$1,9 bilhão) e o máximo em US$ 500 milhões (R$ 2,7 bilhões). Somente um lance foi dado no valor mínimo, pelo empresário Renato da Cruz Costa, dono da empresa RC Group, com sede em Nova York, nos Estados Unidos. Mas, de acordo com o colunista do Globo Lauro Jardim, ele não apresentou as garantias bancárias e seu lance não foi considerado inválido.  

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Empresário é cercado de polêmicas

De acordo com a jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo, Costa é alvo de pelo menos 18 processos no Brasil, envolvendo desde estelionato a calote em diversas empresas. 

O UOL também buscou os processos disponibilizados pelo Tribunal de Justiça de São Paulo e confirmou as informações. Foi encontrado diversos processos como, por exemplo, ter se apropriado de dois carros de uma locadora de automóveis em Belo Horizonte (MG), em 2019. A ação foi movida contra a empresa, que era conhecida como RC Prime, e ela foi condenada a fazer o pagamento de R$ 272 mil. Ele também foi acusado de dar um cheque sem fundo no valor de R$ 6.500.

Costa tem processos nos Estados Unidos. Ele foi acusado de dever mais de US$ 50 mil de aluguel e não deixar o imóvel. O processo foi encerrado com um acordo com o proprietário do imóvel no início de 2022.

Qual a vantagem de comprar as dívidas de uma empresa? 

A compra das dívidas da MMX Sudeste pode dar um fôlego para que Eike Batista quite algumas dívidas. Pelo lado de Costa, ele ficaria com os papéis que eram de empresário, que pode render lucros. 

De acordo com o economista José Carlos Buffon Júnior, ouvido pelo UOL, quem comprar esse títulos terá direito a um percentual de lucro da Anglo Ferrous Brasil, que Batista vendeu em 2008, que pode equivaler a US$ 6 milhões por mês (R$ 32,4 milhões) entre Janeiro de 2025 até 2049.