A Aerion Supersonic, planejava construir jatos executivos capazes de voar silenciosamente quase duas vezes mais rápido que aeronaves comerciais, fazendo voos de São Paulo à Europa em apenas três horas, está encerrando suas atividades, conforme informou a rede CNBC nesta sexta-feira (21).

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A empresa sediada em Nevada, nos Estados Unidos, pretendia voar seu primeiro jato AS2 até o final da década, em 2030. A Aerion desenvolveu uma tecnologia patenteada que chama de “cruzeiro sem boom”, na qual permitiria ao AS2 voar sem criar um estrondo sônico – um problema que atormentou os jatos supersônicos Concorde do passado.

O AS2 custaria US$ 120 milhões por jato. A empresa acumulou várias parcerias ao longo do caminho, incluindo a Boeing, General Electric e NetJets de propriedade da Berkshire Hathaway, e ostentou uma carteira de vendas de US$ 11,2 bilhões para seus jatos AS2. No início deste ano, a Aerion, em entrevista coletiva com o governador da Flórida Ron DeSantis, revelou que construiria uma fábrica de US$ 375 milhões no Aeroporto Internacional de Orlando Melbourne.

“No ambiente financeiro atual, tem se mostrado um enorme desafio fechar as grandes exigências de capital programadas e necessárias para finalizar a transição do AS2 para a produção”, disse o comunicado divulgado pela empresa. “Dadas essas condições, a Aerion Corporation está agora tomando as medidas adequadas em consideração a este ambiente financeiro em curso”, completou o anúncio.

Mensagens pedindo comentários foram deixadas para Tom Vice, presidente e CEO da Aerion Supersonic, e funcionários da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Costa Espacial da Flórida.