Se alguém perguntar o que se pode fazer com o desperdício da produção de azeite e do bagaço de azeitona, provavelmente não irá pensar em nada parecido com roupa. Mas uma empresa portuguesa, sim.

A Fábrica do Azeite abriu as portas na cidade do Porto, e no seu interior apresenta uma ideia de negócio que promove a economia circular e a sustentabilidade: uma linha de vestuário 100% biológica e sustentável. Através do bagaço começaram a colorir roupas, com técnicas naturais e matérias-primas orgânicas, livres de compostos sintéticos e químicos.

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“O que é um desperdício para uns, é matéria-prima para outros, como nós”, explica o dono e empresário Joaquim Moreira.

O novo espaço dedicado ao azeite de Trás-os-Montes e Alto-Douro exibe e comercializa produtos regionais, como vinhos e vinagres, mel e compotas, frutos secos e biscoitos, mas também acessórios intimamente ligados ao ciclo da azeitona, como louça variada de barro preto de Bisalhães, taças e tábuas de servir feitas em madeira de oliveira. Além disso, o lagar da loja permite aos clientes provar no local toda a frescura do azeite, segundos após a sua extração em lagar – em época de colheita. Mesmo fora do período da apanha da azeitona, a experiência pode ser feita em modo de degustação com o azeite engarrafado.