O Titanic foi o navio e, tragicamente, o naufrágio mais famoso do mundo. Mais de um século após vir a pique, em 14 de abril de 1912, a história daquele que era para ser o “navio que nem Deus pode afundar” se imortalizou na cultura e no imaginário popular.

Na primeira e última viagem do transatlântico, apenas os passageiros mais ricos podiam se dar ao luxo de alugar uma cabine na primeira classe. Em 2019, a história se repete. Por uma pequena fortuna, é novamente possível vislumbrar e percorrer o convés do Titanic. E desta vez é do original, não no novo modelo que está previsto para ser lançado em 2022.

A empresa norte-americana OceanGate está organizando uma série de expedições aos restos do navio, publicou a DW. Os submarinos partirão no verão no hemisfério Norte de 2019 (inverno no Sul), com assentos disponíveis a partir de US$ 105 mil (aproximadamente R$ 388 mil). Coincidentemente, o valor é o mesmo pago pelos passageiros da primeira classe na época, ajustado pela inflação.

O projeto foi idealizado pelo fundador e CEO da OcenGate, Stockton Rush, há nove anos, após não achar nenhuma companhia que alugasse submarinos para mergulhos em grandes profundidades.

Além dos turistas, os submarinos também levarão cientistas e equipamentos para pesquisas no naufrágio, afirma ele. Segundo o site da companhia, as expedições serão semanais, partindo de Newfoundland, no Canadá. Cada uma delas será composta por 30 tripulantes, incluindo os turistas, cientistas e especialistas em mergulhos de grande profundidade.

“O futuro do nosso planeta está no oceano. Então eu olhei para isso de uma perspectiva de negócios. O que as pessoas querem fazer que tenha valor? Há destroços que são mais importantes e menos pesquisados ​​do que o Titanic. Mas não há nenhum que chegue perto em termos de interesse.”

O Titanic está a cerca de 3,8 mil metros abaixo da superfície do oceano Atlântico, a aproximadamente 600 quilômetros da costa canadense. A chegada até o local leva de 10 a 12 horas, informou a empresa.