A empresa japonesa PD AeroSpace projeta para 2023 realizar a primeira viagem tripulada ao espaço. A startup trabalhar em um modelo capaz de levar seis passageiros e dois pilotos a uma altura de 110 quilômetros. Cada passagem deverá custar 17 milhões de ienes, aproximadamente R$ 627 mil.

Segundo o jornal The Japan Times, atualmente 11 funcionários em uma fabrica na província de Aich estão trabalhando em um veículo teste não-tripulado com capacidade de alcançar até 110 quilômetros de altitude.

“Gostaríamos de inaugurar uma nova era espacial (com a espaçonave)”, disse Shuji Ogawa, 48 anos, presidente da PD AeroSpace.

Ogawa fundou a startup em 2007 depois de se inspirar no SpaceShipOne da Scaled Composites LLC, que em 2004 se tornou o primeiro veículo pilotado de propriedade privada a chegar ao espaço. Ela ganhou o prêmio Ansari X de US$ 10 milhões, criado para incentivar o empreendedorismo em viagens espaciais.

A indústria do turismo espacial perdeu um pouco da sua força nos últimos anos devido uma série de acidentes e falta de investidores. Mesmo assim, grandes empresas, como a Space X e e o Grupo Virgin, apostam no novo nicho de mercado.

Apoiada por investimentos de empresas como a ANA Holdings Inc., bem como o apoio de cerca de 40 trabalhadores voluntários especializados, a PD AeroSpace está tentando superar inúmeros desafios, incluindo a obtenção de fundos.

“O espaço tem o poder de atrair pessoas”, disse Ogawa.

O diferencial da empresa japonesa será a reutilização das espaçonaves. Com essa estratégia, a PD AeroSpace pretende oferecer um custo mais baixo e competitivo aos das concorrentes.

No verão passado, a empresa realizou com sucesso um experimento de combustão com o motor de detonação por pulso da espaçonave, que pode alternar do modo de respiração aérea, onde a propulsão é obtida através da expulsão de gases de escape quentes para o modo foguete.

De acordo com o plano da empresa, a espaçonave mudará seu modo de combustão a uma altitude de 15 km para subir ainda mais, e os passageiros poderão desfrutar de uma experiência quase sem peso por cerca de cinco minutos enquanto olham para a Terra.