Em resposta a questionamentos do Procon-SP, o Carrefour disse que o serviço de segurança de suas lojas em São Paulo é prestado pelas empresas Vector, a mesma envolvida no assassinato de João Alberto Freitas em Porto Alegre (RS), e pelo Grupo CTS. Segundo a empresa afirmou ao Procon, os serviços são prestados para “proteção do patrimônio e da integridade física dos funcionários e clientes, sendo cobrada desses prestadores a mesma rigidez moral que (a companhia) defende e aplica para todas as suas relações”. A empresa havia sido questionada após o ocorrido no Rio Grande do Sul.

O grupo disse ainda que “todas as medidas cabíveis para responsabilizar os envolvidos nesse ato (a morte de João Alberto) foram adotadas, inclusive com notificação da empresa Vector Assessoria Empresarial Ltda., que responde pelos seguranças que cometeram tal agressão”. O Carrefour afirmou também que rescindiu o contrato de prestação de serviços para a loja em que o crime aconteceu, para as demais lojas do Grupo Carrefour localizadas no Estado do Rio Grande do Sul. Mas não há, porém, informação de rescisão do contrato com a Vector em São Paulo.

Na visão do Procon-SP, a empresa “precisa ir além, devendo garantir que sua estrutura e corpo funcional (próprio ou terceirizado) estejam aptos a lidar com as mais diversas situações”.

“O fornecedor não esclareceu quais os protocolos são recomendados nessas situações e não detalha quais tipos de procedimentos e providências compõem os mesmos. Também não informou sobre o treinamento que é ofertado às equipes de segurança e demais terceirizados para atuação nesse tipo de ocorrência”, avalia a instituição de defesa ao consumidor.

O Procon-SP diz ainda que a conduta do Carrefour será analisada pela diretoria de fiscalização para apuração de eventuais irregularidades e a possibilidade de imposição das sanções previstas pelo Código de Proteção e Defesa do Consumidor.