A empresa elétrica PG&E, investigada pelo incêndio florestal mais letal da Califórnia, se declarou em falência nesta segunda-feira (14).

A companhia, com sede em San Francisco, foi denunciada como responsável pelo incêndio de Camp em novembro passado, que deixou 86 mortos e arrasou a pequena comunidade de Paradise.

Se uma investigação determinar que “faíscas” em uma linha de alta voltagem da PG&E provocaram o fogo, enfrentaria uma conta estimada em mais de 30 bilhões de dólares em prejuízos.

“A PG&E espera que o processo do Capítulo 11 (da Lei de Falências dos Estados Unidos) sirva para, entre outras coisas, ter uma resolução ordenada, justa e rápida de suas possíveis responsabilidades derivadas dos incêndios florestais no norte da Califórnia de 2017 e 2018, e que garanta que a companhia tenha acesso ao capital e aos recursos de que necessita para continuar oferecendo um serviço seguro aos clientes”, afirmou a empresa em nota enviada à AFP.

A empresa também é investigada pelas chamas que atingiram, em 2017, a região vinícola da Califórnia, com 40 mortos.

O Capítulo 11 permite a empresas com problemas financeiros se reorganizarem sob proteção da lei.

Após o anúncio, Geisha Williams renunciou ao cargo de CEO da empresa. Ela foi substituída interinamente pelo vice-CEO, John Simon.