Por Karen Freifeld e Jonathan Stempel e Jan Wolfe

NOVA YORK (Reuters) – A companhia que leva o nome de Donald Trump e seu diretor financeiro se declararam inocentes nesta quinta-feira em um indiciamento da procuradoria de Manhattan, que conduz uma investigação sobre o ex-presidente norte-americano e suas práticas empresariais.

A Trump Organization e seu diretor financeiro, Allen Weisselberg, foram acusados de operar esquemas desde 2005 para fraudar as autoridades fiscais através de premiações “não declaradas” de benefícios para executivos da empresa.

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Weisselberg foi acusado de omitir 1,76 milhão de dólares em renda, incluindo aluguel para um apartamento em Manhattan, pagamentos de prestações de dois automóveis da marca Mercedes Benz e mensalidades em instituições de educação para membros de sua família, com o próprio Trump assinando os cheques das mensalidades.

“Foi orquestrado pelos executivos sêniores que estavam se beneficiando financeiramente ao ganhar aumentos de salário secretos às custas dos contribuintes estaduais e federais”, afirmou o procurador Carey Dunne na acusação.

O inquérito de 15 acusações revelado pelo procurador distrital Cyrus Vance acusa os réus de fraude fiscal e de falsificação de registros empresariais.

Weisselberg, que trabalha para Trump há 48 anos, também foi acusado de furto.

O inquérito pode prejudicar as relações da Trump Organization com bancos e parceiros comerciais, e também pode complicar o futuro político de Trump, enquanto ele retoma a realização de comícios e avalia concorrer à Casa Branca novamente em 2024, embora ele mesmo não tenha sido acusado.

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