Apesar de darem sinais de melhora no faturamento e na produção em julho, as fábricas não traduziram o desempenho de forma significativa em novas contratações, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira, 1º de setembro, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador que mede o emprego no setor ficou estável no sétimo mês do ano, com ligeira variação positiva de 0,1% em relação a junho – considerando os efeitos de calendário.

“O índice registrou o terceiro mês consecutivo sem variações negativas, o que não acontecia desde janeiro de 2015”, comentou a CNI, no documento.

Na comparação com julho do ano passado, a redução nos postos de trabalho nas fábricas ainda é de a 2,3%. E, nos primeiros sete meses deste ano, o emprego na indústria obteve um desempenho 3,7% inferior ao registrado no mesmo período de 2016.

Apesar de certa estabilização no emprego, a massa salarial real dos trabalhadores da indústria recuou 1,2% em julho na comparação com junho. Em relação a julho do ano passado, porém, a queda é de apenas 0,2%. E, de janeiro a julho, o setor teve uma massa salarial 3,0% menor que a do mesmo período do ano passado.

Já o rendimento médio do trabalhador da indústria ficou caiu 1,4% em julho, mas ainda registra uma alta de 2,2% na comparação com o mesmo mês de 2016. Considerando os primeiros sete meses de cada ano, a alta no rendimento médio dos empregados do setor foi de 0,7%.

“A massa salarial real e o rendimento real caíram em julho, interrompendo a sequência de resultados positivos – de quatro meses consecutivos, no caso do rendimento”, concluiu a CNI.