Pensou que fosse apenas um iconezinho inocente? Esqueça. O uso de emoji e emoticon como provas em tribunal já aparece em mais de 30% dos casos na Justiça americana em 2018, de acordo com Eric Goldman, professor de direito da Universidade de Santa Clara, que monitora toda referência a “Emoji” e “Emoticon” que constam nos processos. Num primeiro momento, eram mais frequentes em casos de assédio e agressão sexual, mas passaram a ser citados em todo tipo de caso, de assassinato a roubo, ou prosaicas discussões imobiliárias. Um dos casos mais emblemáticos se deu na justiça israelense. Em 2017, um casal foi condenado porque enviou emojis a um provável proprietário sinalizando a intenção de alugar um apartamento. As mensagens continham emojis com uma garrafa de champanhe e um esquilo. Mas o casal interrompeu as negociações e alugou outro imóvel. Para o tribunal, eles agiram de má-fé já que os “ícones transmitiram grande otimismo” de que o imóvel seria locado.

(Nota publicada na Edição 1109 da Revista Dinheiro)