A Embraer registrou, no terceiro trimestre, um uso livre de caixa de R$ 984,4 milhões, 50% maior comparado ao uso livre de caixa de R$ 655,5 milhões em igual período de 2018. No segundo trimestre deste ano, a companhia havia apresentado geração livre de caixa de R$ 2,8 milhões.

Em release de resultados, a fabricante afirma que o desempenho do indicador no período foi o principal responsável pelo aumento da posição de dívida liquida, que atingiu R$ 5,611 bilhões no terceiro trimestre, contra R$ 4,179 bilhões observados ao final de junho.

Para o último trimestre de 2019, a companhia reitera sua expectativa de geração livre de caixa “significativa”, principalmente em virtude do aumento nas entregas de jatos comerciais e executivos. Com isso, a Embraer projeta para o ano um uso livre de caixa ajustado entre US$ 300 milhões e US$ 100 milhões.

Entre julho e setembro, a fabricante de aeronaves teve um caixa líquido usado pelas atividades operacionais ajustado (líquido de investimentos financeiros e ajustado pelos impactos não recorrentes no caixa) de R$ 466,5 milhões. O valor foi maior que o registrado um ano antes (R$ 292,8 milhões) e também representou piora frente ao caixa líquido gerado no segundo trimestre deste ano (R$ 545,2 milhões). Conforme a Embraer, essa diminuição do fluxo de caixa livre no terceiro trimestre decorre, em grande parte, do aumento das adições líquidas ao imobilizado (Capex) e da queda do resultado líquido no período.

Endividamento

O total de financiamentos da Embraer atingiu R$ 14,670 bilhões ao final do terceiro trimestre, alta de 7,3% na comparação com o apurado em junho. A dívida de longo prazo totalizou R$ 13,524,3 bilhões, e a de curto prazo, R$ 1,145 bilhão.

Considerando o perfil atual da dívida, o prazo médio de endividamento da Embraer é de 4,9 anos. O custo da dívida em dólar ao final do terceiro trimestre ficou estável em 5,28% a.a., ao passo que o custo da dívida em reais caiu para 1,42% a.a.. Ao final de setembro, 5,0% da dívida total eram denominadas em moeda local.