A Embraer cancelou a proposta de conceder o incentivo de longo prazo que seria dado à sua alta cúpula em 2020. A proposta, que estava prevista para ser avaliada na assembleia geral extraordinária, no dia 29 de abril, foi retirada de pauta. Os demais temas previstos a serem avaliados na assembleia foram mantidos pela fabricante de aviões, que enfrenta os efeitos do fim do negócio com a Boeing.

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O plano de incentivo de longo prazo da Embraer, distribuído aos executivos e principais diretores e um estímulo para manter e atrair os profissionais, é dado em forma de ações. O plano é baseado no valor médio das cotações da companhia nos últimos 30 pregões na B3, dez dias antes da reunião do Conselho de Administração. É possível resgatar paulatinamente essas ações por até 5 anos.

Neste ano, o incentivo deixou de ser atraente. A ação da Embraer caiu mais de 60% na Bolsa de Valores desde janeiro. Em abril, a queda do papel na B3 chegou a quase 20%, por conta dos efeitos decorrentes da pandemia da covid-19 e da desistência da Boeing em fechar um acordo para a área de aviação comercial. A Embraer decidiu abrir um processo de arbitragem contra a fabricante norte-americana.