Por Gabriel Araujo

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, São Paulo (Reuters) – A Embraer está avaliando oportunidades de fusões e aquisições no segmento de serviços e manutenção em um momento em que busca otimizar operações como parte de um plano de crescimento, disse o diretor da área nesta quarta-feira.

A busca está relacionada a serviços de manutenção para o segmento de jatos executivos, complementares aos negócios já operados pela divisão Services & Support da empresa.

Michael Amalfitano, presidente-executivo de jatos executivos da Embraer, disse durante evento da empresa que a maior parte destas oportunidades estaria nos Estados Unidos e na Europa, onde está grande parte dos clientes de aviação executiva.

Segundo ele, as oportunidades poderiam ser complementares a ações de fusão e aquisição pela unidade de serviços da Embraer.

“Estamos reavaliando nossa rede, perguntando qual é o equilíbrio correto. Há alguma oportunidade para nós criamos ou buscarmos uma fusão ou aquisição que nos dê uma forma mais otimizada de atender nossos clientes nos quatro segmentos de aviação executiva?”, disse o executivo durante o evento.

A demanda por jatos executivos tem crescido e a Embraer espera que atinja entregas entre 100 e 110 unidades neste ano. Atualmente, a carteira de pedidos da empresa no segmento vai até o terceiro trimestre de 2024, disse Amalfitano.

“Fusões e aquisições é algo que estamos buscando para crescer”, disse o presidente-executivo da divisão Services & Support, Johann Bordais.

“A prioridade está sobre a aviação executiva. Queremos ter certeza que estamos ampliando nossa presença no lado de serviços no mercado de aviação executiva e também em aviação comercial”, disse Bordais.

A empresa espera que a divisão Services & Support alcance receita de 2 bilhões de dólares em 2026. A unidade respondeu por 45% da receita líquida da Embraer no primeiro trimestre.

Segundo Bordais, porém, um intervalo de 20% a 25% seria uma participação “mais normal”, uma vez que a divisão de aviação comercial se recupera da crise causada pela pandemia.