Cerca de 40 pessoas estão desaparecidas depois que uma embarcação com migrantes a bordo naufragou na costa da Mauritânia, disse um funcionário do Escritório das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Em um tuíte, o enviado especial da agência para o Mediterrâneo central, Vincent Cochetel, disse temer que eles estejam mortos e que uma pessoa da Guiné conseguiu sobreviver.

“Todos morreram, acredito. Sou o único sobrevivente”, declarou o náufrago em seu leito do hospital na Mauritânia, explicou à AFP uma fonte de segurança mauritana que pediu anonimato.

O funcionário de segurança disse que o naufrágio não ocorreu em águas mauritanas.

De acordo com o sobrevivente, o grupo tentou viajar de Marrocos para as Ilhas Canárias da Espanha. Depois que os motores falharam, os passageiros supostamente saltaram em alto mar.

“ACNUR e a OIM (Organização Internacional para as Migrações), junto com as autoridades e parceiros, estão tentando intensificar os esforços para prevenir tragédias como essa, mas os traficantes continuam mentindo para seus clientes”, escreveu Cochetel em seu Twitter.

Nesta quinta-feira (6), as ONGs Médicos Sem Fronteiras (MSF) e Sea-Watch (alemã) afirmaram que os resgates de migrantes no Mediterrâneo, onde nenhuma embarcação humanitária operou desde que o “Ocean Viking” desembarcou na Sicília no início de julho, serão retomados em agosto.