Um dia se pensou que a Nova Economia seria tão grande que superaria em tamanho os setores tradicionais. Mas o movimento agora segue outro destino. A companhia aérea americana United Airlines comprou a pontocom MyPoints, selando um casamento entre o mundo real e o virtual. O site vai colocar na Internet o programa de fidelidade da companhia, que até então não tinha nada na rede. ?O modelo de negócio é totalmente viável, mas não podíamos fechar os olhos para as empresas tradicionais?, disse à DINHEIRO Geoffrey Dapper, diretor de relações com o mercado da MyPoints, nos Estados Unidos. Assim como em São Francisco, empresas brasileiras como o Dotz e a Bittime estão tentando colocar cada vez mais os seus trens de pouso no asfalto.

Criado em outubro de 2000, o Dotz já contemplava a possibilidade de expandir suas operações no mundo físico. ?Começamos o negócio pela Web para criar uma marca com rapidez, mas o Dotz.com não vai ficar restrito à rede?, diz o diretor-geral Yves Moyen. O objetivo é competir com grandes como o Smiles e o Smart Club. A partir do próximo mês, quem fizer compras nas sorveterias da Gelateria Parmalat vai ganhar a moeda virtual ?dotz?. Outra aposta está no desenvolvimento de programas sob medida para empresas estimularem seus funcionários ou agradarem seus revendedores. Este mês, o Dotz lança um site para a Intelig, para estimular as pessoas a usarem a operadora. Esse tipo de negócio também atraiu a Bittime, que tem o Trocamania para o público em geral. ?Sem dúvida, a maior parte da nossa receita hoje vem de programas feitos especialmente para empresas?, diz Luiz Peccioli, presidente da Bittime ? que já desenvolveu produtos para 3Com e Lucent. Existem várias maneiras de decolar, mas em todas elas é preciso ter primeiro os pés no chão.