Cientistas britânicos estão se preparando para a missão de estudar o maior iceberg do mundo, que desde 2017 está em rota de colisão com a ilha da Geórgia do Sul, no sul do Oceano Atlântico.

O iceberg A-68A — maior que o território de Luxemburgo — se separou da plataforma de gelo Larsen C na Antártica há três anos e está à deriva em direção à ilha desde então. Ele ameaça destruir ecossistema ao redor da Geórgia do Sul, que tem uma riqueza comparável à da Ilha de Galápagos, com moluscos, crustáceos, esponjas e outras formas de vida.

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De acordo com o jornal “The Guardian”, pesquisadores da British Antarctic Survey (Pesquisa Britânica na Antártica, em tradução livre) voarão para as Malvinas em janeiro e de lá partirão para uma viagem de três dias a bordo do navio de pesquisa RRS James Cook. Quando a embarcação chegar ao iceberg, os cientistas usarão redes e garrafas para coletar e estudar os animais na água. Além disso, dois submarinos robóticos chamados planadores serão lançados para medir temperatura, salinidade e níveis de fitoplâncton na água ao redor do iceberg. Eles patrulharão a região por quatro meses, transmitindo dados ao navio. O objetivo é mensurar o impacto do iceberg no meio ambiente.

— Embora os icebergs sejam comuns, nunca tivemos nada deste tamanho antes, então isso é uma novidade para nós — disse o professor Geraint Tarling, oceanógrafo biológico da British Antarctic Survey, ao “The Guardian”. — Isso traz uma mudança total para o meio ambiente.