Por Andrew MacAskill e Kylie MacLellan

LONDRES (Reuters) – A ministra das Relações Exteriores do Reino Unido, Liz Truss, favorita para ser a primeira-ministra no lugar de Boris Johnson, foi forçada a recuar de uma das suas principais promessas, um dia depois de anunciá-la, devido à reação de outros membros do Partido Conservador e partidos de oposição.

No primeiro passo em falso da sua campanha, Truss apresentou planos para economizar bilhões de libras em gastos públicos com uma promessa que, segundo adversários, exigiria cortar o pagamento de funcionários públicos, incluindo enfermeiros e professores, fora do rico sudeste da Inglaterra.

Truss havia dito na segunda-feira que introduziria comitês regionais de salários no lugar de um acordo nacional, relacionando os pagamentos ao custo de vida local.

Mas após críticas na terça-feira, Truss disse: “Nunca tive a intenção de mudar os termos e as condições de professores e enfermeiros. Mas o que eu quero deixar claro é que não seguirei com os comitês de salário regionais”.

O recuo aconteceu no momento em que as pesquisas de opinião mostram cenários muito diferentes sobre a liderança de Truss contra o adversário Rishi Sunak.

Uma pesquisa com 807 membros do Partido Conservador, feita pela empresa italiana Techne entre 19 e 27 de julho, mostrou que Truss tinha o apoio de 48%, contra 43% do ex-ministro das Finanças.

Em contraste, uma pesquisa do YouGov para o jornal The Times, realizada entre 29 de julho e 2 de agosto, mostrou que Truss havia ampliado sua vantagem em relação a um levantamento anterior. Ela aparece com apoio de 60% dos membros contra 26% de Sunak, com os restantes dos 1.043 membros ouvidos ainda indecisos ou sem intenção de votar.

Uma pesquisa anterior do YouGov, entre 20 e 21 de julho, mostrava um cenário de 49% a 31% a favor de Truss.

(Reportagem adicional de David Milliken)

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