O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu nesta quinta-feira, dia 22, em Paris que o governo brasileiro será duro contra desmatadores da Floresta Amazônica, que venham a derrubar árvores para promover atividades do agronegócio, como plantar soja ou milho e criar gado.

“Vamos ser muito duros contra toda e qualquer pessoa que quiser derrubar uma árvore para plantar soja, milho ou criar gado”, afirmou o presidente, na capital francesa, citando três dos setores em que o Brasil é mais competitivo no agronegócio global e que estão na mira da lei antidesmatamento da União Europeia. “A Amazônia é território soberano do Brasil, mas pertence a toda a humanidade.”

Lula voltou a dizer que seu governo se comprometeu a manter a meta nacionalmente determinada do Acordo de Paris de zerar o desmatamento na Amazônia até 2030. “Faremos todo o esforço para manter a floresta em pé”, disse o presidente.

Em discurso de seis minutos no festival Power Our Planet, Live in Paris, Lula cobrou mais uma vez que as nações mais ricas financiem os países que preservam suas florestas.

Mais cedo, em Roma, ele disse que vai cobrar sempre a efetiva doação de U$ 100 bilhões prometida pelos países industrializados na COP 15, em Copenhagen, mas jamais efetivada. Lula articula um grupo com o Congo e a Indonésia para pressionar por recursos.

O festival é promovido pela organização não-governamental Global Citzen, liderada por Chris Martin, vocalista do Coldplay.

Lula convidou o público a visitar a Amazônia em 2025, na COP-30, em Belém (PA). Ele pediu que ambientalistas pressionem e responsabilizem os países ricos para financiarem os países em desenvolvimento que possuam reservas florestais.

“Não foi o povo africano que poluiu o mundo, não foi o povo latino-americano que poluiu o mundo. Na verdade, quem poluiu o planeta nesses últimos 200 anos foram aqueles que fizeram a revolução industrial e por isso têm que pagar a divida histórica com o planeta Terra.”