O dólar oscilou perto da estabilidade ante o iene, mas recuou ante o euro nesta segunda-feira, 22. A moeda comum foi impulsionada pela declaração da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, de que as políticas do Banco Central Europeu (BCE) deixariam o euro “muito fraco”.

No fim da tarde em Nova York, o dólar operava estável a 111,23 ienes, enquanto o euro avançava a US$ 1,1238.

Falando a estudantes em Berlim e explicando o superávit comercial, Merkel disse que o euro mais fraco tornava os produtos alemães mais baratos, segundo relatos da imprensa local. O euro bateu máxima em seis meses ante o dólar, depois dos comentários da chanceler. Na máxima de hoje, a moeda chegou a US$ 1,1264.

“Embora as declarações de Merkel sejam o motivo por trás da alta do euro no curto prazo, há outras forças de longo prazo que podem estar impulsionando a moeda comum frente ao dólar”, disse Simon Derrick, estrategista de câmbio do BNY Mellon. Segundo ele, há uma “força desproporcional” do euro ante o dólar, diante de qualquer medida do BCE. “Apenas talvez o euro esteja um pouco barato e não exista mais retorno para se comprar”, avaliou o economista.

A libra, por sua vez, oscilou ante o dólar. Mais cedo, a moeda britânica atingiu mínima no dia em US$ 1,2965, após pesquisas mostrarem que o Partido Trabalhista encurtou a vantagem do Partido Conservador na disputa pela eleição geral de 8 de junho. A premiê conservadora britânica, Theresa May, convocou no mês passado eleição antecipada.