O dólar avançou ante o euro e o iene, mas ainda ficou próximo da mínima em sete meses, caso se considere a divisa dos Estados Unidos ante uma cesta de outras moedas fortes. No caso do euro, a moeda perdeu fôlego, após atingir a máxima em seis meses ante o dólar ontem.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 111,79 ienes e o euro recuava a US$ 1,1181.

Alguns investidores aproveitaram para embolsar lucros com a recente queda do dólar, antes da divulgação nesta quarta-feira da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), afirmou Joe Manimbo, estrategista da companhia de serviços financeiros Western Union.

Mais amplamente, o viés do dólar passou a ser negativo, na avaliação de Manimbo. Segundo ele, até que as coisas se acalmem no quadro político em Washington e que a economia americana dê sinais de mais força após a desaceleração no primeiro trimestre, a tendência é que o dólar mantenha trajetória negativa.

No caso do euro, após a moeda tocar máxima em seis meses ontem, houve espaço para realização de lucros. Alguns dados positivos da Alemanha e da França impulsionaram a demanda pela moeda comum, mas analistas notam que há dificuldade para a divisa subir mais, neste momento. Diretor de estratégia de câmbio da WorldFirst, Jeremy Cook sustenta que o euro é a maneira favorita para se levar o dólar para baixo, com o iene já forte, as preocupações com a saída do Reino Unido da União Europeia afetando a libra e os temores em relação às moedas emergentes e commodities antes da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que ocorre nesta quinta-feira.