O dólar se fortaleceu ante a libra, porém registrou desvalorização ante o iene, nesta quinta-feira, 11, após indicadores econômicos sinalizarem que o mercado de trabalho mantém a força e que a inflação ganha impulso nos Estados Unidos.

No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 113,84 ienes, enquanto o euro recuava a US$ 1,0864.

O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos EUA avançou 0,5% em abril ante o mês anterior e teve ganho de 2,5% na comparação anual. Além disso, o Departamento do Trabalho informou que o número de pedidos de auxílio-desemprego caiu na última semana para o nível mais baixo em 28 anos e meio no país. Os pedidos recuaram 2 mil na semana, para 236 mil, ante previsão de 244 mil dos analistas.

A crescente inflação e o mercado de trabalho saudável podem dar ao Federal Reserve (Fed, o banco central americano) um argumento a mais para elevar os juros já em junho e potencialmente a um ritmo mais forte, o que poderia apoiar o dólar ante suas rivais. O mercado calcula 88% de chance de uma elevação de juros em meados de junho nos EUA.

A libra, por sua vez, recuou ante o dólar depois de o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) manter a política monetária, sinalizando que não tem pressa para elevar os juros mesmo diante de sinais de maior inflação, enquanto o Reino Unido se prepara para negociar sua saída da União Europeia.

O analista Fawad Razaqzada, da Forex.com, apontou que o recuo da libra ocorreu em grande medida graças ao desapontamento dos investidores pela falta de sinalizações sutis de elevações futuras nos juros. Além disso, houve apenas um voto por uma elevação dos juros, mas o mercado esperava que houvesse mais dissidentes.

O dólar ainda ficou em baixa ante moedas emergentes e commodities em geral, em um dia positivo para o petróleo.