Em greve desde sexta-feira (1), os servidores do Banco Central devem se reunir nesta terça-feira (5) com representantes do governo Jair Bolsonaro para negociar o fim da paralisação. A reunião será com o secretário de Gestão de Pessoas do Ministério da Economia, Leonardo Sultani, que será o responsável por levar uma proposta do governo federal.

Os servidores entraram em greve por reajustes salariais e a reestruturação de cargos de carreira para a analistas e técnicos. Neste momento, cerca de 60% dos funcionários do BC aderiram à paralisação, respeitando a lei dos serviços essenciais.

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A reivindicação salarial dos servidores é de um aumento na casa dos 26,3%, recompondo os últimos três anos de congelamento nos salários. Pesou na greve, as falas do presidente Bolsonaro, em fevereiro, de que iria usar os R$ 1,7 bilhão reservados no Orçamento para aumentar a remuneração do funcionalismo brasileiro, no reajuste dos salários de policiais.

Havia a previsão de interrupções e problemas generalizados nos serviços do Pix e distribuição de moedas e cédulas, porém, até o momento, nenhum problema em larga escala chegou a ser reportado.

Por outro lado, serviços como a divulgação do Boletim Focus, feito sempre às segundas pela manhã, o Indeco e o Relatório de Poupança já estão atrasados e sem previsão de quando serão divulgados. O Focus é um dos relatórios mais importantes da economia brasileira, pois mede a temperatura dos economistas sobre o crescimento do PIB, câmbio, juros e inflação.