O dólar não apresentou direção definida na comparação com suas principais rivais nesta segunda-feira, 5, ainda sob efeito de expectativas de aperto monetário mais acelerado nos Estados Unidos. Enquanto isso, o iene se beneficiou de um movimento de aversão ao risco, em um dia de forte queda das bolsas de valores em Nova York, ao passo que a bitcoin verificava uma queda de mais de 15% na sessão.

No fim da tarde em Nova York, o dólar recuava a 109,37 ienes, de 110,13 ienes no fim da tarde de Sexta-feira (2); o euro caía para US$ 1,2407, de US$ 1,2460; e a libra caía para US$ 1,3988, de US$ 13,4121.

O Departamento do Trabalho dos EUA informou na sexta-feira que a economia americana criou 200 mil empregos em janeiro, superando as expectativas do mercado. Além disso, o governo verificou aumento salarial no mês. Esses dados apontam para alta das pressões inflacionárias, o que aumenta as chances de aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

Juros maiores tendem a impulsionar a divisa americana, que fica mais atrativa para investidores em busca de rendimentos. No final da tarde desta segunda, no entanto, as bolsas americanas aprofundaram as perdas, em meio a um movimento de correção após sucessivos recordes, com o Dow Jones chegando a recuar mais de 6%, tendo a maior perda diária em pontos da história. O S&P 500 caiu 4,10% e o Nasdaq recuou 3,78%.

Com isso, o iene ganhou impulso, uma vez que a moeda japonesa é vista como um ativo seguro em tempos de incerteza.

Na Chicago Mercantile Exchange (CME), o contrato futuro de bitcoin para fevereiro encerrou o dia em baixa de 15,43%, cotado a US$ 7.260,00. O recuo da criptomoeda, que já acumula perda de 67% ante o seu pico, puxou para baixo o valor de várias outras moedas digitais. Fonte: Dow Jones Newswires