O agora ex-ministro da Cultura Roberto Freire (PPS) afirmou em sua carta de demissão que decidiu deixar o cargo em razão das denúncias que atingiram o presidente Michel Temer, alvo de gravação feita pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, na qual dá aval para compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

“Tendo em vista os últimos acontecimentos e a instabilidade política gerada pelos fatos que envolvem diretamente a Presidência da República, eu, Roberto João Pereira Freire, decido, em caráter irrevogável, renunciar ao cargo de ministro de Estado da Cultura”, escreveu Freire na carta, que foi entregue nesta quinta-feira ao presidente Michel Temer.

Após seis meses no cargo, o ex-ministro disse que retomará seu mandato de deputado federal na Câmara, “para ajudar o País a buscar um mínimo de estabilidade política que nos permita avançar em reformas fundamentais para o desenvolvimento da economia, geração de emprego e renda e garantia dos direitos fundamentais para toda a população”.