A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira, 3, a Operação Residence para desarticular o núcleo de comando do Primeiro Comando da Capital (PCC) na Paraíba. Segundo a corporação, as investigações inicialmente se debruçavam sobre grupo que utilizava um quarto na Residência Universitária da Universidade Federal da Paraíba como base de armazenamento e distribuição de drogas, mas acabou identificando a cadeia de comando do PCC no Estado.

Agentes cumprem 38 mandados de prisão preventiva, 23 mandados de busca e apreensão, além de ordens judiciais de bloqueio de valores depositados em contas correntes. Os mandados foram expedidos pelo Juízo da Vara de Entorpecentes da Comarca de João Pessoa.

A ofensiva é realizada em sete Estados: Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraná, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Roraima. Cerca de 200 policiais federais e 60 policiais militares paraibanos participam das atividades.

Segundo a PF, as investigações tiveram início após análise de provas envolvendo um grupo que utilizava um quarto na Residência Universitária da UFPB. Os investigadores apontam que o líder de tal grupo também integrava o PCC, ocupando uma função chamada ‘geral das gravatas’, que presta assistência jurídica aos integrantes da facção, tanto os presos quanto os em liberdade.

“O líder dessa célula do grupo criminoso, que utilizava a Residência Universitária da UFPB para ocultar suas atividades ilícitas, ocupava relevante função na hierarquia da organização na Paraíba, circunstância que possibilitou a identificação de toda a estrutura criminosa do grupo no Estado”, indicou a corporação em nota.

Segundo a corporação, as apurações identificaram uma ‘grande rede formada para cometer crimes’, e revelaram ‘plano de expansão da facção mediante a realização de disputas violentas com grupo rival por pontos de comércio de entorpecentes, objetivando um domínio territorial para fins de monopolizar o tráfico de drogas na Paraíba’.

Os investigados podem responder pelos crimes de tráfico de drogas e associação para fins de tráfico de drogas, cujas penas somadas podem chegar a 25 anos de reclusão, informou a Polícia Federal.

A corporação indicou ainda que o nome da ofensiva, Residence, faz alusão ao local que era utilizado como base de armazenamento e distribuição de drogas.