Diante da crise econômica no País e da possibilidade de caçar alguns investimentos embrionários com possibilidade de se tornarem bilionários, algumas das famílias mais ricas do Brasil começaram a olhar com mais atenção o setor de startups fora do País. Por meio de family offices, gestoras que administram as fortunas familiares, muitas estão investindo em fundos de venture capital internacionais especializados em empresas de tecnologia. O apetite é justificado por tacadas como a de fundos americanos como o Sequoia, que aportou US$ 60 milhões no WhatsApp e depois vendeu a mesma participação por US$ 3 bilhões.

Onde estão os unicórnios?

O Brasil ainda não possui nenhuma empresa chamada de unicórnio, como são conhecidas as companhias de tecnologia com valor de mercado superior a US$ 1 bilhão. Mas, devagar, caminha para isso. Segundo um importante gestor, que representa um dos maiores fundos da Europa aqui no País, ainda falta ao empreendedor brasileiro uma ambição de, literalmente, conquistar o mundo. “Não adianta ter uma base enorme de clientes por aqui e não ter presença em outros países”, diz ele.

(Nota publicada na Edição 1013 da revista Dinheiro, com colaboração de: André Jankavski, Cláudio Gradilone, Márcio Kroehn e Vera Ondei)