A guerra na Síria deixou 3.746 mortos em 2021 – informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) nesta quarta-feira (22).

Este número é consideravelmente mais baixo do que em 2020, ano em que já se havia registrado o menor valor da última década.

Segundo esta ONG, 1.505 dos mortos eram civis e, destes, 360, menores de idade.

Trata-se, de longe, do menor balanço de vítima desde o início do conflito no país, confirmando uma tendência de queda já observada em 2020, com 6.800 mortos, contra 10.000 óbitos em 2019.

O Observatório relata que 297 pessoas foram mortas por minas terrestres e por outros restos explosivos.

Em novembro passado, o Monitor de Minas Terrestres informou que a Síria havia superado o Afeganistão como o país com o maior número de vítimas fatais por esse motivo.

Deflagrada em 2011 pela repressão aos protestos pró-democracia, a guerra na Síria diminuiu de intensidade nos últimos dois anos.

Apoiadas pelo governo russo, as forças governamentais continuam a bombardear alvos no território rebelde de Idlib, no nordeste do país, de forma esporádica. Já o cessar-fogo declarado pelas partes foi, em geral, mantido.

Combatentes do grupo Estado Islâmico (EI), cujo “califado” foi derrotado em 2019, também continuam lançando ataques no leste do país.

A guerra na Síria deixou quase meio milhão de mortos e gerou a maior crise de deslocados desde a Segunda Guerra Mundial.